Planejamento, dedicação, persistência e organização são elementos
primordiais para o candidato que deseja ser aprovado em um concurso.
Exemplo disso é a fisioterapeuta Abalene Romie Rodrigues da Silva, de 37
anos e moradora de Belo Horizonte, que desde pequena tinha o desejo de
conquistar um cargo público. Ela conseguiu realizá-lo no ano passado,
sendo aprovada em primeiro lugar no concurso para o Tribunal de Justiça
de Minas Gerais (TJ-MG).
Abalene decidiu que iria realizar o seu sonho, e foi à luta,
participando de alguns concursos, até que em 2000 foi aprovada como
fisioterapeuta no Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de
Minas Gerais (IPSE-MG). Anos depois, sentiu-se desanimada com a
instituição em que trabalhava e também com a profissão, e foi em 2008
que decidiu prestar concursos na área jurídica. O destino achou que
ainda não era a hora certa, e não foi dessa vez que a fisioterapeuta foi
aprovada, já que, segundo ela, só começava a estudar a partir da
publicação de cada edital.
"Acredito que o fracasso faz parte da vida de qualquer concurseiro. O
importante é ser persistente e a cada não aprovação, analisar o que pode
ser melhorado. O conhecimento é adquirido aos poucos." E foi com esse
pensamento que no ano seguinte Abalene fez a prova do Tribunal de
Justiça de Minas Gerais, para a 1ª instância, porém não conseguiu uma
boa colocação. Foi nesse momento que decidiu mudar o seu foco para o
TJ-MG 2ª instância. Abalene tomou essa decisão por já estar
familiarizada com as matérias, e precisou apenas de mais dois anos para
se preparar e ser aprovada em 1º lugar, para oficial judiciário.
"Quando o edital foi publicado, grande parte do conteúdo já estava
assimilado, e pude focar basicamente em revisões e resolução de
exercícios", diz. O número de inscritos no concurso não foi um problema
para ela, já que colocou na cabeça que passaria e que não importava
quantas pessoas estavam concorrendo.
A concurseira nunca deixou de lutar por aquilo que desejava: garantir a
tão sonhada estabilidade encontrada em um concurso público e poder
atuar em um ambiente agradável, e em uma instituição que lhe
proporcionasse satisfação e orgulho de fazer parte. Durante os anos de
preparação, Abalene estudava em média oito horas por dia, além de
frequentar o curso preparatório Orvile Carneiro, onde participou do
curso de exercícios e também de algumas matérias teóricas, após a
publicação do edital. "No Orvile, tive a oportunidade de assistir a
aulas com excelentes professores."
Quem pensa que a vida de Abalene foi baseada somente em trabalho e
dedicação aos estudos está enganado. Para ela, organizar o tempo foi
muito importante. "Eu sempre procurei separar alguns momentos para o
lazer, o que considero essencial. Montei um quadro de estudos onde eu
administrava o meu tempo. Tudo era bem planejado", afirma.
Além da própria força de vontade, o apoio da família, dos amigos e do
marido foram essenciais para completar todos os quesitos necessários
para garantir o cargo. "Meu marido foi meu maior aliado, pois sempre
soube me apoiar nos momentos de desânimo e frustração."
Apesar de ter conquistado o primeiro lugar em um ótimo concurso, ela
diz que ainda não é hora de descansar, e que o seu próximo objetivo é
cursar a faculdade de Direito, para conquistar sonhos diferentes e ainda
maiores.
Atualmente Abalene está trabalhando em Belo Horizonte, cidade onde
sempre morou. Ela deixa um recado final para todos aqueles que pretendem
prestar um concurso: "Acredito que o diferencial em um concurso público
não é a inteligência, mas sim disciplina e planejamento. Realmente, o
caminho é árduo, mas o resultado é muito gratificante."
Fonte: Folha Dirigida
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