O Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte, através da
Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), emitiu duas
recomendações para que a Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN) promova mudanças em concursos públicos realizados pela
instituição. A primeira cobra a divulgação prévia dos nomes e
qualificação dos profissionais integrantes das bancas elaboradoras e
examinadoras das provas dos concursos e processos seletivos. Já a
segunda, a convocação para a prova prática dos candidatos que, nas
provas objetivas do concurso regido pelo Edital 09/2013, empataram no último lugar de classificação.
As recomendações assinadas pelo procurador Regional dos Direitos do
Cidadão, Ronaldo Sérgio Chaves Fernandes, foram encaminhadas à reitora
Ângela Paiva e entregues na última sexta-feira, dia 12. Ambas são frutos
de representações feitas ao MPF/RN. Uma delas ressaltou que a Comperve
não divulgou o nome dos integrantes da banca responsável pela preparação
das provas para o concurso público de odontólogo da UFRN (edital n°
008/2012), mesmo após solicitação administrativa formulada por um dos
candidatos.
De acordo com a universidade, a não divulgação é praxe e visa evitar
que os concorrentes assediem os professores da instituição, responsáveis
pela elaboração das provas. A prática, no entanto, viola o princípio da
publicidade. Segundo o entendimento do MPF, a divulgação dos membros
das bancas elaboradoras e examinadoras das provas garante a fiscalização
e impugnação de eventuais vícios de parcialidade nos concursos
públicos, como a existência de relações de parentesco entre examinadores
e candidatos.
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